O sol estava quase a pino, nenhum som era ouvido. Das janelas das casas todos espiavam curiosos, assustados. O povoado já deveria ter se acostumado, duelos eram tão comuns por ali, porém nenhum deles fora motivado por uma donzela. Os olhos assustados dela corriam de um lado para o outro, não tinha como fugir, estava amarrada de pé a um tronco de madeira.
Do lado direito da rua, estava Billy Sarnento com sua calça de franjas e chapéu branco. Seu olhar era duro, ele havia vencido todos os duelos dos quais participara. Na outra extremidade estava Corcel Bravo, usava uma calça típica dos índios americanos, tinha o peito nu e sua pele vermelha brilhava ao sol. Na cabeça havia apenas um arco com uma pena azul.
Faltava pouco para o meio dia, e agora ambos se posicionavam para o embate. Billy segurava sua arma com firmeza e sorria debochado, Corcel por sua vez estava inseguro, não era bom com armas, mas tinha coragem de sobra. A donzela aprisionada era sua irmã, e ele daria a vida por ela. De longe Billy gritou:
— Está pronto frangote? O sol está muito quente!
— Frangote é você, sempre estou pronto.
Corcel mal terminou suas palavras e Billy se posicionou, levantou o bico do chapéu e mirou para o peito de seu oponente, este por sua vez respirou fundo e...
— Vitor, Laura vem almoçar, agora!
— Caio vem lavar as mãos, sua comida já está no prato.
— Ahh não mãe! A senhora sempre faz isto!
— Hahah! Sua irmã continua sendo minha, seu frangote.
— Para né Caio, desta vez eu ia ganhar, minha mãe que atrapalhou.
— Vamos logo, amanhã a gente continua.
Laura puxa o irmão pelo braço e se despede de Caio. Quando o dia raiar um novo duelo decidirá o destino da bela Libélula do Alvorecer.
FIM
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